A EXTINÇÃO DA
HUMANIDADE DESDE UM PONTO DE VISTA ABSOLUTAMENTE LEIGO
Nós estamos
cultivando uma super bactéria, resistente á todos os tipos de contramedidas,
que cedo ou tarde se espalhará pelo planeta. Isso nós podemos evitar, ainda, basta
que abandonemos o insensato hábito de reunir vários doentes em um mesmo edifício.
Mas uma pedra
cairá dos céus, no mínimo vinte vezes maior e mais pesada que o monte Fuji. E o grande
Yellowstone despertará, ou algum outro vulcão menor mas equivalente para todos
os fíns práticos. E a respeito desses fatos nada podemos fazer.
Depois dessas
coisas terem ambas acontecido, não uma mas muitas vezes cada uma, a nossa
estrela de referência vai explodir. E todas as evidências dessas coisas
desaparecerão na explosão.
Muito tempo depois
disso a nossa inteira Galáxia vai dar PT, de um geito ou de outro, e nenhum
seguro cobrirá essa perda.
Não temos certesa
de que o Universo em si mesmo terminará, pode ser que ele continue para sempre,
se renovando, inalgurando novas galáxias a cada falência das antigas. Então, em
tese, a espécie humana poderia durar eternamente. Bastaria para isso que consequissemos
nos espalhar para além do nosso planeta, e para além da nossa Galáxia, rápido o
suficiente.
Exceto que até aqui estivemos esquecendo que
somos fruto de um aglomerado de ácidos em constante mudança. A humanidade está
mudando, e isso inevitavemente implica que cedo ou tarde ela terá se
transformado em alguma espécie evidentemente não humana. Nossos descendentes
poderão nascer com novos órgãos que os tornarão capazes de processos cognitivos
tão superiores aos nossos quanto os nossos são superiores aos de um pardal; e
continuar nessa direção, chegando a um tempo quando o fruto genético da espécie
humana será tão mais complexo do que nós quanto nós somos mais complexos do que
a ameba média. E/ou nossos descendentes podem perder a capacidade de falar, se
tornar uma espécie qualquer de macaco aquático, e acabar extintos por aquela
pedra enorme que cairá do céu. E/ou, porque as espécies vivas às vezes se
bifurcam e uma delas pode gerar muitas outras ao longo de algum tempo.
É certo que
poderíamos, em tese, garantir a continuidade da humanidade contra as forças indiferentes
e impessoais da Genética. Para isso bastaria que nossos descendentes mais
próximos adotassem um fanatismo eugenista absoluto e o mantivessem pela
eternidade. Isso, e apenas isso, garantiria a preservação da nossa espécie tal
como nós a conhecemos; ou mais exatamente tal como esses nossos descendentes a
conhecerão.
Só que nada disso
importa. Porque nada disso vai acontecer durante o nosso tempo de vida. E nem durante
o tempo de vida das vinte gerações humanas ainda por nascer.
Nenhum de nós, falando
francamente, dá a mínima para o que vai acontecer com a espécie humana depois de
oito gerações de seus próprios descendentes. Caso para impedir que o seu décimo
terceiro descendente em linha reta fosse extinto junto com o resto da
humanidade bastasse você acordar meia hora mais cedo na segunda quarta-feira de
Maio pelos próximos cinco anos, então o seu décimo terceiro descendente seria
extinto com o resto da humanidade, com toda a certeza.
Concluíndo, a
extinção da humanidade não nos diz respeito.
No comments:
Post a Comment